Jimmy, o garoto aventureiro da canção francesa que recebe seu nome, é chamado para tornar ao seu lar pela voz dos sábios bufalos que habitam na fazenda simples a que a letra nos remete. A música fala especialmente do que ele deixou e de o quanto tudo aquilo depende do seu olhar próprio para continuar existindo dentro de si, já que é ele o senhor de seu mundo. A canção em si mesma não nos permite concluir qual foi a decisão tomada por Jimmy: se a de voltar para o lugar de onde saiu ou se a de continuar sua busca pelo que desconhece, e que, como desconhecido que é, nunca conhecerá. Nesta decisão, ao contrário do que ele talvez possa imaginar, há um fim nela própria. A decidir pelo impalpável, Jimmy decide também pelo movimento.
Ao contrário de Jimmy, que é absurdamente esférico e imprevisível, eu escolhi o retorno. E começo hoje, aqui, a dividir um pouco do mundo novo que descubro solitariamente um pouco mais todos os dias. Eu e meus sapatos.
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